Duas novas espécies de peixes foram descobertas recentemente na
Amazônia. Batizadas de Brachyhypopomus walteri e Brachyhypopomus
bennetti, elas chegam a possuir três metros de comprimento e realizam
descargas elétricas para defender-se ou capturar presas. Descobertos
pelos cientistas Jansen Zuanon, brasileiro do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (Inpa), Cristina Cox, da Universidade de
Massachusetts e John Sullivan, do Museu de Vertebrados da Universidade
de Cornell, os peixes podem ser vistos em geral sob a vegetação
flutuante nas águas da porção central da bacia Amazônica, principalmente
ao longo das margens do rio Solimões e de afluentes.
Publicada no jornal científico Zookeys, a pesquisa que revela a
existência dessas espécies afirma que é possível que esses peixes também
utilizem as descargas elétricas para auxiliar em sua movimentação
noturna e na comunicação com outras espécimes. Porém, os animais não
representam riscos em comparação ao "parente" Poraquê (Electrophorus
electricus).O Brachyhypopomus walteri possui corpo semi-translúcido e
coloração amarela em vida, além de dentes pequenos no pré-maxilar
(característica compartilhada com o outro peixe recém-descoberto).
Já o Brachyhypopomus bennetti possui o órgão elétrico mais visível na
lateral, em uma área semitransparente ocupando até 17% da altura do
corpo, afirma a pesquisa. Ele também têm como característica a coloração
amarela, às vezes em tom mais escuro que a outra espécie. "As maiores
diferenças entre as duas espécies, que são muito parecidas, têm a ver
com os órgãos elétricos e as descargas criadas por eles", afirmou John
Sullivan.
Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org
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